para o silêncio anoitecer dentro de nós
urge um tempo sem tempo
a voar sob nosso pressentimento
urge o verso seco, úmido início
aos teus pés
urge a vida na batida do coração
“abra a porta e me abrace”
ela te diz enquanto pensas ao observar o celular
que poderiam te abrir todos os mistérios
a decifrar a vida na palma das tuas mãos
“abra a porta e me abrace”
ela te sussurra mais uma vez
e de repente a poesia passa
sem perceberes,
sem encantares,
sem dançares com ela
nesse abraço singelo
“abra a porta e me abrace”
esquecemos dessa prece
do coração a bater
e dentro de nós escurece